28 junho 2009

Resumo da Brasil Brau 2009


Estive um pouco afastado do blog durante esta última semana. Acredito que este é o maior período que fiquei sem postar nada novo. Pelo menos o motivo para que isso tenha ocorrido é muito justo: a minha visita à Brasil Brau. Entre os dias 23 e 25 de junho eu estive em São Paulo para conhecer a maior feira de tecnologia cervejeira da América Latina. Junto com a Brasil Brau ocorria um evento paralelo, o Degusta Beer. Esta parte do evento funcionava com a degustação de várias cervejas artesanais brasileiras e também as cervejas produzidas pelos cervejeiros caseiros das Acervas Carioca, Paulista, Mineira, Catarinense e Gaúcha. Foi uma oportunidade única para reencontrar e também conhecer diversas pessoas ligadas ao mundo da cerveja no Brasil. Também pude degustar muitas cervejas que ainda não conhecia e que dificilmente são encontradas fora de suas regiões como as gaúchas Coruja, Abadessa e Barley, pude matar as saudades de outras que não tomada há algum tempo, como as catarinenses Das Bier, Bierland e Schornstein, tive acesso a muitas novidades que chegarão logo ao mercado brasileiro como a Colorado Vintage Black Rapadura, a Schornstein Imperial Stout, a Falke Bier Weiss, a nova Bamberg Alt, a Fraga Weiss da nova micro cervejaria do Sérgio Fraga que começou como homebrewing e muito mais.

Trouxe muito material na bagagem. São tantas fotografias e tanta informação que é impossível colocar tudo somente em um post. Vou tentar passar um pouco do que foi a Brasil Brau através de algumas imagens e depois vou tentar abordar cada cervejaria, cada cerveja e os destaques em posts futuros.

Stand da microcervejaria gaúcha Coruja que servia suas Coruja Extra Viva e a nova Coruja Weiss.

Stand da também gaúcha Abadessa que servia suas Abadessa Export e a Slava Pilsen.
O mestre cervejeiro Herbert Schumacher está servindo uma cerveja.

Stand da Barley, mais uma gaúcha, que servia o chope Barley Pilsen Cristal e o Âmbar.

A mineira Falke Bier do meu amigo Marco Falcone que tinha os chopes Ouro Preto e Estrada Real já bem conhecidos em BH além do chope Monasterium, que eu ainda não conhecia, e a nova Falke Weiss, uma cerveja de trigo muito boa.

Stand da Eisenbahn, catarinense de Blumenau com distribuição por todo o país.

A catarinense Bierland de Blumenau com os sócio proprietário Eduardo Krueger e o mestre cervejeiro Ilceu Dimer.
Nunca esqueço como fui bem recebido pelo mestre Ilceu na minha visita à Bierland em 2008.
Eles serviam os chopes Pilsen (este acabou rápido), além do Weizen e do delicioso Bock.

Stand da catarinense Das Bier de Gaspar.
Na foto comigo o proprietário Emerson Bernardes, gente finíssima que também sempre nos recebe muito bem.
Ele servia os chopes Pilsen, Weizen e o delicioso Braunes Ales, um Brown Ale que foi um dos meus preferidos na Oktoberfest 2008 de Blumenau.

Stand da catarinense Schornstein de Pomerode.
Na foto o mestre cervejeiro Cláudio Zastrow e o home brewer Raphael Tonera da Acerva catarinense, responsável pela receita da nova Schornstein Imperial Stout.

Stand da Colorado de Ribeirão Preto.
A Colorado levou as suas Índica e Demoiselle em versões chope, além da nova Vintage Black Rapadura.

Sérgio Fraga servindo a sua Fraga Weiss.
A Fraga é a nova microcervejeria que surge no Brasil.

A carioca Gattopardo que servia seus chopes Brown Ale e Strong Bossa..

Stand da Acerva Carioca.

Cervejas disponíveis para degustação no Stand da Acerva Carioca.
Cada dia tinha uma lista diferente.
Nestas listas também existiam cervejas da Acerva Catarinense, que dividia o espaço com os cariocas, além das cervejas das home brewing iniciantes da Fem Ale Carioca. Estas meninas deram um show de criatividade, qualidade e alegria.

Leonardo Botto da Acerva Carioca.
Ele faz ótimas cervejas e é muito acessível, gente finíssima assim como a sua esposa a Fem Ale Tatiana.
Nesta foto o Botto está servindo uma de suas criações, uma IPA, com o auxílio do inusitado filtro de lúpulo feito por ele mesmo.

Mais uma amostra do que era possível encontrar com o pessoal da Acerva Carioca.

Pessoal da Acerva Catarinense.
Marco Zimmermann que faz as cervejas Opus e o Max que faz as Traíras.

Stand da Acerva Mineira.
No primeiro plano temos o Henrique Oliveira, presidente da Acerva Mineira e lá atrás abaixado temos o João Becker que faz as cervejas Rugbeer.

Stand da Acerva Paulista.
Podemos ver o Carlos Magno no centro da foto servindo as suas artesanais Magnus.

Stand da Acerva Gaúcha.
Na foto comigo degustando a ESB levada por eles o Leonardo Sewald da acerva e o sócio da cervejaria Coruja Micael Eckert.

Algumas pessoas que conhecemos na feira. O Homebrewer da cerveja Celta Luís Antonio Teixeira, eu, Marcelo Vesoloski e a Gabi, ambos do Empório Biergarten de Ribeirão Preto.

Maurício Beltramelli e Daniel Calichio do site Brejas.

Marcelo Vesoloski (Empório Biergarten), Marcelo e Gustavo (conselho de segunda do Biergarten), Luís Teixeira, Andrea Sacco (Bar do Italiano de Campinas), o animadíssimo Paulão (conselho de segunda do Biergarten), Maurício Beltramelli (Brejas). Eu estou agachado no meio. Infelizmente não sei o nome do último no canto direito.

Stand dos platadores de lúpulo dos Estados Unidos, o USA Hops.
Eles aprotaram uma das melhores surpresas de todo o evento.
Trouxeram várias cervejas americanas que usam lúpulos plantados por eles.
Vou descrever tudo mais tarde.

20 junho 2009

Novidade no mercado: Wäls X-Light


Nova Wäls X-Light.

Durante o último mês de abril tive o prazer e o privilégio de conhecer a microcervejaria mineira Wäls e ser recebido pelo José Felipe e pelo seu pai Miguel. Nesta oportunidade o José Felipe apresentou uma nova cerveja em versão de teste a mim e ao meu amigo e xará Rodrigo Lemos do blog Beer Architecture, a Wäls X-Light. "Esta é uma cerveja que vai agradar muita gente e agregar valor ao paladar do público brasileiro", disse José Felipe.

A intenção é de lançar uma cerveja para competir com o mercado mais abrangente de cervejas no Brasil, as American Lagers, ou melhor dizendo as Pilsens brasileiras mais populares e já consagradas. A Wäls já possui a sua Bohemian Pilsen, aliás uma das mais gostosas presentes no mercado brasileiro, com um ótimo perfil lupulado no aroma e no sabor. A X-light é uma versão mais "ligth" da Bohemian Pilsen, ou uma versão melhorada com maior lupulagem do Chope Wäls disponível em Belo Horizonte. O dry-hopping é utilizado para conseguir este efeito na nova cerveja.

Degustação da X-light (ainda sem rótulo) durante a visita à Wäls.

X-Light servida no copo durante a visita.
O copo no canto direito da foto contém o chope Wäls.


O mais importante é que a marca de qualidade Wäls continuará presente neste mais novo produto. A cerveja é puro malte e a vontade da Wäls é um dia distribuir esta cerveja por todo o Brasil.

Pode até parecer que foi proposital, mas foi pura coincidência eu ter lançado esta notícia logo após a discussão sobre a cerveja do dia-a-dia. A Wäls pretende exatamente preencher este espaço: ser mais uma opção para uma "session beer" ou a nossa cerveja do dia-a-dia.

Pude trazer mais uma garrafa da versão teste da X-Light para casa e a degustei novamente esta semana. Impressões abaixo.


Wäls X-Light - Pilsen, Lager, 4%ABV, garrafa 355ml.

Cor: Dourada, límpida e brilhante.
Espuma: Boa formação, de cor branca, consistência média, mas dura até o final, deixando marcas pelo copo.
Aroma: Malte, leve cereais, lúpulo evidente.
Paladar: Malte, cereais, lúpulo, amargor final, corpo leve, refrescante, alta carbonatação.

Cerveja de alto drinkability, bem refrescante e com um toque maior de lúpulo, pincipalmente no aroma. Pode substituir muitas das cervejas presentes no mercado brasileiro com a vantagem de ser puro malte e ter uma carga mais agradável de lúpulo. Durante a visita ela foi degustada junto de um chope Wäls. Apesar da aparência ser praticamente a mesma, é evidente o ganho de aroma e sabor de lúpulo além de corpo na X-Light.

Veja a visita à Wäls clicando aqui.

13 junho 2009

A cerveja do dia-a-dia


Lembro bem da época em que cerveja para mim era sinônimo de reunião com amigos, muita diversão regada a grandes quantidades da bebida e um bom tira gosto. As cervejas de escolha eram sempre as mesmas pois nunca tive muito o que escolher devido à pequena variedade ofertada. Mas na época eu não fazia idéia de que a oferta era tão pequena. O que existia de mais diferente era uma cerveja da garrafinha verde, a Heineken, que já agradava muito por ter um sabor diferente, um amargor mais presente, mas esta não era encontrada com muita facilidade e por isso não era uma alternativa frequente.

Há pouco tempo atrás descobri uma cerveja que já chamava a atenção pela bela apresentação em um copo grande e bonito, antes uma heresia para o bebedor de cerveja gelada em pequenas quantidades no copo para "não esquentar". O ritual de serviço da cerveja também era diferenciado, girando a garrafa ao servir o final do líquido. No início até pensei que aquele movimento era para ajudar a formar espuma, outra hereseia para o bebedor de cerveja comum. Esta era a Erdinger, a cerveja de trigo alemã mais consumida no Brasil (acho que continua sendo) e é claro que aqueles giros da garrafa não eram para aumentar a formação de espuma, mas para servir o fermento decantado no fundo da garrafa. O sabor dela também era diferente assim como a textura, mais grossa e encorpada. Fiquei maravilhado e curioso sobre ela e comecei a pesquisar sobre cerveja na Internet.

A parti daí o meu gosto por cerveja foi mudando, gradualmente. Comecei a procurar cervejas diferentes, sempre tentando provar algo novo. Lembro bem que teve cerveja derramada na pia. Talvez meu paladar ainda não estivesse preparado para algo tão forte e diferente. Mas estas cervejas extremas do início não me fizeram perder o interessse. Muitas outras foram sendo degustadas. Aquela que inicialmente me deixou maravilhado já não parecia ser a mesma. Na realidade ela era a mesma. Quem havia mudado era eu. A experiância mudou a forma como eu encarava cada cerveja. Hoje até mesmo aquela que foi derramada não assusta, pelo contrário.

Passei a degustar as cervejas e não mais simplesmente bebê-las. Sempre fui leitor de outros blogs cervejeiros, continuo acompanhando todos até hoje, pois sempre foram minha principal fonte de pesquisa e aprendizado, junto com sites especializados, rankings cervejeiros e minhas experiências pessoais com as cervejas é claro. O estudo foi o responsável por esta mudança. Não fazia mais sentido comprar uma cerveja mais cara por ter mais sabor e tomá-la em grandes quantidades, pois no final não sentiria mais nada mesmo. Também não fazia mais sentido não analisar cada cerveja. A degustação sensorial, usando os cinco sentidos, nos faz perceber melhor a bebida e aproveitá-la ao máximo.

Passei a não tomar mais aquelas cervejas "comuns" com a mesma frequência, mas não deixei de consumí-las. Existem ocasiões onde não é possível ter acesso à outras cervejas. Algumas vezes o local (que pode ser o bar, o restaurante ou mesmo uma festa) não tem nada diferente, os amigos só bebem delas mesmo ou o dinheiro pode "estar curto" naquele dia. Não vou ser chato ao ponto de recusar uma cerveja entre amigos, mesmo que aquela não seja a cerveja que eu queria naquele momento.

A cerveja do dia-a-dia, ou "session beer" como dizem em inglês, deve ser aquela com baixo teor alcoólico, podendo ser consumida em maiores quantidades sem problemas, e com relativo baixo custo. Realmente não estaria sendo sincero se dissesse que tenho a mesma sensação que tinha ao beber aquelas cervejas de antigamente, pois descobri que a cerveja pode ser muito mais saborosa. Mas existem algumas alternativas de custo relativamente baixo e com muito mais benefícios. A Heineken ainda é minha alternativa preferida para jantar naquele restaurante que não tem tanta variedade. Também existem algumas artesanais brasileiras com preços mais enxutos, principalmente se você mora em estados do Sul ou Sudeste do Brasil. Nestes estados existem microcervejarias locais com ótimas cervejas e a facilidade de distribuição ajuda a ter um preço melhor.

Você se identifica com essa história? Já tomou uma cerveja que mudou sua percepção? Tem uma cerveja alternativa para o dia-a-dia? Deixe seus comentários.

09 junho 2009

La Chouffe e Mc Chouffe em nova apresentação


Nova apresentação com as clássicas garrafas gordinhas de 330ml.

Passeando pela internet li no website da Brasserie d'Achouffe que desde fevereiro de 2009 eles estão comercializando as cervejas La Chouffe e Mc Chouffe também em garrafas de 330ml. Antes encontrávamos estas cervejas somente em garrafas de 750ml fechadas com rolha, além da BIG Chouffe, a La Chouffe em garrafa de 1,5 litros. A pergunta que fica no ar é: quando estas garrafinhas chegarão aqui no Brasil? Acredito que além de contar com uma nova embalagem muito bonita, poderemos também adquirir estas excelentes cervejas a preços mais convidativos. Espero que assim seja!

08 junho 2009

Mc Chouffe


A Brasserie d'Achouffe é uma cervejaria belga localizada em Achouffe. Em outra oportunidade eu pude degustar a cerveja mais famosa desta cervejaria, a deliciosa La Chouffe. Para ler a história da Brasserie d'Achouffe e minhas impressões sobre a La Chouffe clique aqui.

Neste post vou descrever outra cerveja produzida por eles, a Mc Chouffe.


Mc Chouffe - Belgian Dark Strong Ale, Ale, 8%ABV, garrafa 750ml.

Cor: Marrom, reflexos vermelho rubi, levemente turva.
Espuma: Alta formação, média duração, cor bege, belíssima consistência, deixa marcas pelo copo.
Aroma: Malte, doce, fermento, leve torrado, lúpulo, toffee, fenólico, picante, álcool.
Paladar: Malte, doce, fermento, leve torrado, toffee, fenólico, picante, álcool, amargor final de boa duração, corpo médio.

Boa cerveja. Bem fenólica e picante, com álccol presente mas sem incomodar. Presença de leve torrefação dos maltes e bom amargor de lúpulo, que parece potencializado pela sensação picante e alcoólica. Existem muitos sedimentos no fundo da garrafa, mas estes somente aparecem no último copo, deixando a cerveja turva. Pessoalmente eu ainda prefiro a sua irmã dourada.

05 junho 2009

Kasteel Triple, Blond, Bruin e Rouge.


A Cervejaria Van Honsebrouck fica no município belga de Ingelmunster, na província de Flandres Oriental. Não existem muitas informações sobre a história desta cervejaria, mas o símbolo da empresa é o castelo que é propriedade da Família Van Honsebrouck e que serviu de inspiração para o nome das suas cervejas mais famosas: as Kasteel Bier ou Bière du Chateau (cerveja do castelo).

Este castelo remonta a 1736 e suas caves são da Idade Média. É um edifício típico da sua época, onde os castelos perderam a função militar para funcionar como residências luxuosas. Várias famílias tiveram a posse do castelo. Em 1986 o castelo foi comprado pela família Van Honsebrouck , que possui histórico de fabricação de cervejas em Ingelmunster desde 1900.

Um dos destaques da degustação destas cervejas é a taça onde são servidas. Existe um castelo de vidro na base da taça, réplica do castelo original.

Outras cervejas fabricadas por esta cervejaria são as Lambics St. Louis (Kriek, Framboise, Gueuze, Faro), a Belgian Strong Ale Brigand e a Flanders Red Ale Bacchus. As St. Louis Kriek e Framboise e a Brigand estão disponíveis no Brasil.


Kasteel Triple - Belgian Tripel, Ale, 11%ABV, garrafa 330ml.

Cor: Âmbar clara, leve tubidez.
Espuma: Média formação, média/baixa duração, cor branca.
Aroma: Malte, doce, frutado (laranja), picante, fenólico, condimentado, lúpulo.
Paladar: Malte, doce, cítrico, frutado (laranja), picante, condimentado, álcool, amargor final, encorpada, alta carbonatação.

Ótima Tripel. É possível sentir uma gama enorme de sabores e aromas, com destaque para o cítrico, o frutado (laranja) e o fenónilo picante. O final é bem amargo, contrastando com a sensação inicial doce. Esta parece ser a única Kasteel refermentada na garrafa. As outras são límpidas devido à filtragem.


Kasteel Blond/Blonde - Belgian Blond, Ale, 7%ABV, garrafa 330ml.

Cor: Dourada, límpida.
Espuma: Média formação, baixa duração, cor branca, boa consistência, deixa leves marcas pelo copo.
Aroma: Malte, doce, fermento, leve picante e fenólico, leve lúpulo.
Paladar: Malte, doce, picante, fenólico, condimentado, final amargo, corpo médio/baixo.

Boa Blond. Uma cerveja pouco complexa e bem próxima de outras Blonds disponíveis no mercado brasileiro. É uma cerveja fácil de beber. Esta cerveja foi lançada em 2008 e a intenção da cervejaria foi de lançar uma cerveja com menor teor alcoólico.


Kasteel Bruin/Brune - Belgian Dark Strong Ale, Ale, 11%ABV, garrafa 330ml.

Cor: Marrom, reflexos vermelho rubi, límpida.
Espuma: Média formação, baixa duração, cor bege, boa consistência, deixa marcas pelo copo.
Aroma: Malte, doce, fermento, frutado (cerejas), caramelo, toffee, leve álcool.
Paladar: Malte, doce, fermento, fruitado (cerejas), picante, caramelo, toffee, leve torrado, álcool, bom amargor final, corpo médio.

Boa cerveja. A presença de maltes escuros adicionou uma nova gama de aromas e sabores, melhorando a complexidade da cerveja. Esta também é mais picante e o álcool se faz presente, melhorando a sensação na boca e o corpo. O aroma frutado desta vez está bem presente lembrando cerejas. O teor alcoólico é alto, 11%, mas ao tomar a cerveja não parece ter nem mesmo 8%, muito bem inserido. Recomendo.


Kasteel Rouge - Fruit Beer, 8%ABV, garrafa 330ml.

Cor: Marrom avermelhada, reflexos vermelho escuro, límpida.
Espuma: Média formação, baixa duração, cor rosada.
Aroma: Cerejas, doce, xarope de frutas.
Paladar: Doce destacado, cerejas, leve acidez, baixo corpo, baixa carbonatação, leve amargor final.

Geralmente as fruit beers levam algum corante ou flavorizante artificial para conseguir lembrar uma fruta específica. Nesta Kasteel é adicionado suco de cerejas para conseguir o efeito. Também acrescentam açúcar. A cerveja ficou doce demais. Não sei nem se precisava disso, pois a Bruin/Brune é uma cerveja deliciosa com sabor e aroma de cereja sem nem mesmo precisar da adição de suco da fruta.

01 junho 2009

Tripel Karmeliet


A cervejaria Bosteels foi criada no ano de 1791 por Evarist Bosteels e está localizada na vila de Buggenhout, na província do Flandres Oriental. A cervejaria ainda permanece sob propriedade da família mesmo depois de 200 anos e sete gerações. Desde 1938, Antoine Bosteels é o responsável pela cervejaria. Este é o local de origem de algumas cervejas bem conhecidas como a Tripel Karmeliet, inúmeras vezes ganhadora de prêmios internacionais, a Pauwel Kwak, que tem um dos copos mais diferentes pois possui uma base de madeira para dar sustentação, e a famosa Champenoise/Biére Brut Deus.

Segundo a cervejaria a Tripel Karmeliet foi inspirada em uma receita de 1679 de um antigo monastério carmelita de Dendermonde. Esta é uma cerveja bem interessante. Ela é feita com três tipos de grãos: cevada, trigo e aveia. Os três grãos são usados de forma malteada e não-malteada, compondo portanto seis tipos de grãos. Outra particularidade desta cerveja é a adição de cascas de laranja, que realmente conferem um bom toque cítrico à cerveja, e de sementes de coentro.


Tripel Karmeliet - Belgian Tripel, Ale, 8.4%ABV, garrafa 330ml.

Cor: Dourada, turva.
Espuma: Alta formação, média/alta duração, de cor branca, muito consistente, deixando marcas pelo copo.
Aroma: Malte, adocicado, frutado (laranja), cítrico, sementes de coentro, fenólico, picante, leve álcool.
Paladar: Malte, doce, frutado (laranja), cítrico, sementes de coentro, fenólico, picante, leve álcool, leve amargor, final picante e alcoólico, bom corpo.

Ótima cerveja. O aroma é delicioso com muito destaque para o frutado, lembrando laranja, o cítrico do lúpulo aromático e principalmente as sementes de coentro. No paladar, além do que foi citado, aparecem outras características com mais destaque, principalmente o álcool e o fenólico picante. Uma cerveja deliciosa que refresca quando mais gelada e aquece o corpo à medida que ganha temperatura no copo. Esta geralmente agrada a maioria das pessoas, é quase um consenso. A taça desta cerveja é uma das mais bonitas que já vi. Recomendo a prova.

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