18 abril 2011

Bierland Vienna



A cervejaria Bierland foi inaugurada em dezembro de 2003, na cidade de Blumenau. O nome da cervejaria significa terra da cerveja em homenagem à cidade. No início eles começaram fabricando somente chopes. Os primeiros foram o Pilsen e o Amber Ale. Em 2005 o portifólio foi modificado. O chope Pilsen continuou e foram lançados o Weizen e o Bock. A Partir do segundo semestre de 2009 foi instalada uma linha de engarrafamento, permitindo a venda das cervejas em garrafas de 600 ml. Depois disso, o primeiro lançamento foi a Pale Ale. Agora no início de 2011 saiu o novo lançamento, a Bierland Vienna.

O estilo Vienna guarda muita semelhança com as Marzen/ Oktoberfestbiers feitas durante o século 19. Apesar de ter inspiração nas tradicionais Viennas, que tradicionalmente são bem maltadas, esta da Bierland tem um toque de lúpulos americanos que deixam a cerveja bem cítrica e com um amargor mais marcante.

A Bierland está com bons planos para seus consumidores e já anuncia o lançamento de mais duas novidades para este ano: uma Imperial Stout e uma Strong Golden Ale. Claramente percebemos que as primeras receitas da cervejaria eram da tradicional escola alemã mas que agora eles também apostam em estilos mais ousados de outras escolas. Não vejo a hora de provar estas novidades também.


Já conheci pessoalmente a cervejaria em 2008. No dia, mesmo com a visitação já encerrada, o mestre cervejeiro Ilceu Dimer me chamou pessoalmente e fez questão de me apresentar à cervejaria. Nunca esqueço a forma gentil e simpática que fui recebido por ele. Além do mestre Ilceu, hoje também trabalha na cervejaria o amigo Paulo Feijão, sommelier de cerveja e editor do portal obiercevando.


Bierland Vienna - Vienna Lager (American Amber/ Red Lager), 5.4% ABV, garrafa 600ml.

Cor: Cobre, límpida.
Espuma: Média formação e baixa duração, cor bege clara.
Aroma: Malte, biscoito, adocicado, caramelo, lúpulo (herbáceo, cítrico, laranja, grapefruit).
Paladar: Malte, biscoito, caramelo, lúpulo (herbáceo, cítrico, laranja, grapefruit), amargor final de boa intensidade e duração, corpo médio, seca.

Ótima cerveja. Boa presença de malte, puxando mais para biscoito e caramelo, e de lúpulo também, com notas herbáceas e cítricas. No final o conjunto fica bem agradável, com ótimo drinkability e bastante personalidade. O amargor é bem presente, me agrada muito pessoalmente, mas não é típico das Viennas européias tardicionais. Por esse motivo acho que ela poderia ser classificada também como American Amber/ Red Lager. Esse estilo não é reconhecido pelo BJCP mas tem ótimas representantes disponíveis no Brasil como Eisenbahn 5 e Brooklyn Lager. Seria ótimo ter uma cerveja como essa perto de casa para comprar sempre que desse vontade. Com certeza seria uma cerveja frequente no meu copo.

14 abril 2011

BrewDog



A BrewDog é uma cervejaria localizada em Aberdeenshire, uma das 32 áreas de conselho da Escócia, mais precisamente no nordeste do país. Cansados da monotonia do mercado de cervejas do Reino Unido, Martin e James resolveram fazer sua própria cerveja. Em abril de 2007 eles abriram a cervejaria, quando ambos tinham somente 24 anos de idade.

Eles se dedicam a fazer cervejas inovadoras, excitantes e cheias de sabor, reproduzindo alguns dos estilos clássicos mas com um toque de inovação e a costumeira ousadia da BrewDog. Eles não usam preservativos, aditivos e nem mesmo pasteurizam as cerveja.

Só de visitar o website da cervejaria já podemos perceber que eles são bem diferentes das outras cervejarias do Reino Unido e ao provar suas cervejas percebemos claramente uma influência americana bem forte, com cervejas bem lupuladas e ousadas. Felizmente a linha da BrewDog chegou ao Brasil e hoje já podemos nos deliciar com estas cervejas. Abaixo minhas impressões sobre algumas delas.


BrewDog Trashy Blonde - American Pale Ale, 4.1% ABV, garrafa 330 ml, 40 IBU.

Cor: Dourada, levemente turva.
Espuma: Média formação e duração, cor branca, boa consistência, deixa muitas marcas no copo.
Aroma: Lúpulo (cítrico, frutado, maracujá, laranja, grapefruit, limão, herbáceo), leve malte, mel.
Paladar: Leve malte, mel, leve adocicado, lúpulo (cítrico, frutado, maracujá, laranja, limão, grapefruit, herbáceo), amargor final de grande intensidade e duração, seca, corpo médio/baixo.

Boa cerveja. O lúpulo é protagonista e reina sozinho nesta cerveja. O malte aparece com timidez e acaba deixando a balança pendendo mesmo para o amargor. O aroma e o sabor de lúpulo são ,muito bons e trazem frescor ao conjunto. Ela é feita com lúpuloa Amarillo e Simcoe dos Estados Unidos e Motueka da Nova Zelândia.


BrewDog 5 a.m. Saint - American Amber/ Red Ale, 5% ABV, garrafa 330 ml, 25 IBU.

Cor: Cobre, límpida,
Espuma: Boa formação e média duração, cor bege, boa consistência, deixa marcas.
Aroma: Lúpulo (herbáceo, cítrico, intenso frutado, grapefruit, uva branca), malte, caramelo.
Paladar: malte, caramelo, lúpulo, cítrico, frutado, laranja, uva branca, grapefruit, maracujá, herbáceo, amargor final intenso e duradouro, bem seca, bom corpo,.

Boa cerveja. Uma complexidade de lúpulo muito interessante. São utilizados Amarillo e Nelson Sauvin para aroma e amargor. No dry hopping são utilizados Simcoe, Cascade, Centennial, Ahtanum e Nelson Sauvin novamente. O resultado é uma explosão de aromas e sabores frutados e cítricos com algo herbáceo. O malte já aparece bem aqui através de notas de caramelo, o que dá melhor equilíbrio à cerveja, mas o amargor ainda é bem forte. Eles declaram 25 IBU mas sinceramente aparenta ser muito mais. Acredito que esta é a primeira cervejaria que utiliza o lúpulo Nelson Sauvin a chegar no Brasil. Este lúpulo da Nova Zelândia é famoso por dar notas frutadas de uva e vinho branco às cervejas onde é utilzado.


BrewDog Punk IPA - American India Pale Ale, 6% ABV, garrafa 330 ml, 65 IBU.

Cor: Dourada, lúmpida.
Espuma: Boa formação, média/baixa duração, cor marfim, bem consistente, deixa muitas marcas.
Aroma: Lúpulo (herbáceo, cítrico, intenso frutado, limão, grapefruit), leve malte, biscoito.
Paladar: Lúpulo (herbáceo, cítrico, intenso frutado, limão, grapefruit), leve malte, grãos, amargor inal intenso e duradouro, seca, adstringente, corpo leve/ médio.

Boa cerveja. Nunca vi uma IPA com uma cor tão clara e nem com um perfil de malte tão simples, apesar do uso de um malte tão famoso como o Maris Otter, neste caso na versão Extra Pale. O que fica marcante nela mesmo é a intensa lupulagem, onde são usados Chinook, Crystal e Motueka. Ela possui intensas notas herbáceas e cítricas. O corpo também é abaixo do esperado para o estilo. Uma cerveja desequilibrada para o lado do lúpulo com um amargor que chega a travar a garganta no final de cada gole. Na minha opinião é uma ótima e intensa cerveja, mas que parece muito mais com uma American Pale Ale. Esta versão com 6% ABV foi fabricada pela última vez no final de 2009. A receita foi modificada e a cerveja tem 5.6% ABV e  45 IBU.

11 abril 2011

Grottenbier


No último dia 9 de abril, recebemos a notícia de falecimento de Pierre Celis, o grande criador da cerveja HoegaardenEm 1966, decidido a ressucitar o estilo Witbier quase extinto, com o suporte financeiro de seu pai e a ajuda de um mestre-cervejeiro veterano, Celis iniciou com uma pequena cervejaria chamada De Kluis, o claustro em português. Com o sucesso da cervejaria através da Hoegaarden muitas outras cervejarias começaram a fazer a sua própria Witbier. 


Em 1985 um incêndio destruiu parte da cervejaria. Para a reconstrução, Celis recebeu a ajuda de diversas cervejarias. Uma delas foi a Interbrew, hoje Anheuser-Busch Inbev, que investiu muito dinheiro para a compra de outros prédios. Celis sentiu-se pressionado a alterar a receita da sua cerveja para que ela fosse mais comercial e vendeu a cervejaria para a Interbrew em 1987.


Pierre Celis mudou-se para os EUA devido ao grande sucesso que sua cerveja fazia por lá e fundou em 1992 uma nova cervejaria, a Celis Brewery, em Austin no Texas. Uma nova versão da Witbier foi fabricada por lá, a Celis White. Depois de alguns anos a cervejaria foi vendida para a Miller Company. Infelizmente a Celis Brewery fechou depois de alguns anos. Hoje a receita foi comprada pela Michigan Brewing Company, que continua a produzir as cervejas da Celis Brewery.


Mesmo depois de vender suas duas cervejarias para grandes companhias, Celis ainda continuou a trabalhar criando novas cervejas. A última delas foi a Grottenbier, ou cerveja da gruta em português. Esta cerveja foi inicialmente fabricada pela mesma cervejaria que faz a linha Affligem, a De Smedt, mas hoje a fabricação está sob a responsabilidade da St Bernardus. A idéia de Celis com esta cerveja era de maturá-la por 1 ou 2 meses em cavenas de calcário. Estas cavernas ficam localizadas nas cidades de Kane, na Bélgica, e Valkenburg, na Holanda, e mantém uma temperatura constante de 12 Celsius e uma umidade de 95% o ano inteiro. O objetivo era que estas condições pudessem criar sabores mais sutis que os normalmente formados nos ambientes refrigerados e secos das cervejarias. A cerveja fermentava duas vezes, sendo que a segunda ocorre nas cavernas, dentro da garrafa,  posicionadas em pulpitres e passando pelo remuage da mesma forma que os champanhes.

A Grottenbier chegou no Brasil há uns 2 anos mas acredito que não seja mais possível encontrar nenhuma delas. Tenho registros da minha degustação dela na época e compartilho aqui com vocês em homenagem ao seu criador.


Grottenbier - Belgian Dubbel, Ale, 6.5% ABV, garrafa 330 ml.

Cor: Marrom, levemente turva.
Espuma: Média formação, baixa duração, cor bege clara.
Aroma: Malte, doce, caramelo, toffee, frutado (ameixa, passas, banana), chocolate, fermento, fenólico, picante.
Paladar: Malte, doce, frutado (ameixas, banana), caramelo, toffee, chocolate, fenólico, picante, bom corpo, boa textura, leve amargor final, levemente seca.


Boa cerveja. Bem complexa, frutada e fenólica, mas ao mesmo tempo bem leve e fácil de beber.

10 abril 2011

Aventinus Vintage 2003



Poucas cervejas por si só representam bem um estilo específico no mundo. Uma das que podemos lembrar já de cara é a Guinness e o estilo Dry Stout. Outra que pode até mesmo não surgir logo na mente, mas que certamente é a principal representante das Weizenbocks, é a Schneider Aventinus. Feita por uma das mais tradicionais cervejarias alemãs, esta cerveja já foi assunto de um outro post logo no começo do blog sobre toda a família de cervejas da Schneider presentes no país. 

De lá para cá já se foram mais de 2 anos e algumas mudanças acorreram no portfólio das cervejas Schneider. Houve uma mudança nos nomes e rótulos das cervejas. Cada uma delas hoje tem uma denominação TAP (TAP 1 Blond; TAP 2 Kristall; TAP 3 Sem Álcool; TAP 4 Mein Grünes ou Orgânica; TAP 5 Hopfenweisse, uma Weizenbock Clara e mais lupulada; TAP 6 Aventinus; TAP 7 a Original e TAP 11 Mein Leichts ou light).  Antes o rótulo da Aventinus era roxo e não guardava muita semelhança com o das outras cervejas. Hoje o rótulo da Aventinus perdeu a cor roxa e segue o mesmo padrão dos rótulos das outras cervejas do portfólio. Somente a Aventinus Eisbock usa o mesmo rótulo antigo. Das cervejas com rótulo novo somente as TAP 5 e 11 não chegam ao Brasil, mas em compensação hoje já podemos comprar a Aventinus Eisbock.



A cerveja que ilustra este post é uma das que infelizmente ainda não chegam ao Brasil, a Aventinus Vintage. Em 1999 a Schneider resolveu envelhecer 240 caixas de Aventinus por ano nas caves históricas de gelo da cervejaria em Kelhein. Cada lote desses foi guardado por pelo menos 3 anos. A cerveja vem embalada em um papel especial. O exemplar específico que consegui foi lançado em 2003 e no rótulo podemos ler alguns fatos ocorridos naquele ano, como a quinta vitória de Lance Armstrong na Volta da França, a eleição de Arnold Schwarzenegger para Governador da Califórnia, o título de Cavaleiro concedido a Mick Jagger pela Rainha da Inglaterra, o maior apagão de energia na história no Nordeste e Meio-Oeste americano, o lançamento do robô Spirit para Marte pela NASA e o prêmio Nobel concedido ao cientista americano Paul Lauterbur. 

Aproveitei a situação para fazer uma degustação comparativa entre a Aventinus Vintage 2003 e uma Aventinus ainda fresca. Vejam abaixo minhas impressões.


Aventinus - Weizenbock, Ale, 8.2% ABV, garrafa 500 ml.

Cor: Marrom, altamente turva. 
Espuma: Altíssima formação e boa duração de espuma, de cor bege, bolhas grandes.
Aroma: Malte, adocicado, frutado, banana, cítrico, fenólico, cravo, condimentado, álcool.
Paladar: Malte, caramelo, toffee, leve adocicado, leve chocolate, frutado, banana, carvo, fenólico, picante, condimentado, cítrico, leve acidez, leve álcool, leve amargor, final doce e picante, bom corpo.

Ótima cerveja. Muito complexa, muito frutada (banana), muito caramelo, muito fenolico (cravo, condimetado, picante). O álcool aparece mas está bem inserido no conjunto. Toques cítricos e uma leve acidez típicos de uma cerveja de trigo. Apesar da complexidade, ela não é pesada e chega até mesmo a ser refrescante. No calor de mais de 30 graus da noite de Fortaleza não incomodou nem um pouco.


Aventinus Vintage 2003 - Weizenbock, Ale, 8.2% ABV, garrafa 500 ml, US$ 6,25.

Cor: Marrom, altamente turva. 
Espuma: Boa formação e baixa duração de espuma, de cor bege, bolhas grandes.
Aroma: Malte, caramelo, adocicado, toffee, notas de oxidação, melaço, frutado (banana passa).
Paladar: Malte, caramelo, doce, toffee, melaço, leve chocolate, leve fenólico, levíssimo cravo, leve cítrico, leve acidez, picante, leve amargor. final doce e picante, leve álcool, bom corpo.

Boa cerveja. As características que mais lembram uma Weizenbock diminuíram de intensidade. O fenólico, cravo, o cítrico e o frutado diminuíram bem tanto no aroma quanto no sabor. O frutado na realidade quase desapareceu no sabor e passou a lembrar mais banana passa no aroma. A cerveja ficou mais adocicada e maltada. O álcool também diminuiu. A impressão que deixou foi que ela ficou muito mais parecida com uma Bock simples e se distanciou de uma Weizenbock, mantendo levemente as características do estilo original. Quanto mais esquenta, mais ela revela o cítrico e a acidez.






09 abril 2011

Turismo cervejeiro em Nova Iorque III - New Beer Distributors



Como disse no último post, não existem tantas lojas especializadas em cervejas em Nova Iorque. Entretanto as que existem possuem uma grande variedade. A loja especializada que talvez tenha a maior variedade da cidade é a New Beer Distributors. Ela fica localizada na 167 Chrystie st., na região entre o Lower East Side e Chinantown. Para chegar lá de metrô, principal meio de transporte na cidade, basta se dirigir para a estação Bowery (J), localizada a somente duas quadras da loja, ou a estação Grand St. (B,D), um pouco mais distante. Saindo da estação Grand St. você já se pergunta se está na China!


Ao chegar lá você já se pergunta como vai fazer para levar tudo. Quer uma dica? Leva uma daquelas malas com rodinhas. Melhor ainda se for do tipo spiner, aquelas possuem mais rodinhas e giram sobre o próprio eixo, facilitando o transporte. Os funcionários que trabalham lá são hispânicos, por isso fica bem fácil se comunicar, mesmo para quem não fala um bom inglês.


Outra dica que passo é a mesma que recebi de uma pessoa que estava no local também comprando. Nos EUA não existe obrigatoriedade de informar a data de validade de cervejas. Isso pode complicar um pouco para quem está comprando. Você pode ficar sem saber se aquela cerveja está nova ou não. Isso se torna mais importante ainda quando estamos comprando cervejas super lupuladas, que passam por dry hopping ou Lagers mais leves. Estas ficam melhores quando mais novas e possuem suas propriedades desejáveis ainda bem preservadas. 


Em cervejas que suportam a guarda, saber a data de fabricação fica menos importante, mas sempre é bom saber há quanto tempo ela está guardada também. A dica é a seguinte, lá no New Beer Distributor você irá encontrar muita cerveja que já está por lá há algum tempo. Basta ver a aparências das garrafas com bastante pó nelas, portanto evite comprar lá as cervejas que devem ser degustadas mais novas. Prefira comprar suas IPA ou Double IPA em outro local. Algumas cervejarias indicam a data de fabricação pelo menos. Com essas você pode se programar melhor na hora de comprar.

Vejam uma série de fotos que capturei no local. Não sei porque mas fico babando quando olho para elas! Destaque tanto para a grande quantidade de cervejas americanas como também para uma grande variedade de importadas.

Duas cervejas queridinhas em primeiro plano: Founder`s Breakfast Stout e Old Rasputin.


Outra queridinha nesta foto, a Goose Island Boubon County Stout, além das Peres Jaques e Matilda e Samuel Adams Imperial Stout e Imperial Whit.






Uma outra ótima cervejaria: Avery.




Olha aí as Dogfish Head.

Também a série de cervejas históricas da Dogfish Head.



Olha o que tem por lá também. A Eisenbahn Lust. Pior é ver que o preço (25 dólares ou 40 Reais na cotação de hoje) é menor do que pagamos por aqui. Como pode?

Cervejas importadas: Escócia e Inglaterra.

Cervejas importadas: Alemanha.

Cervejas importadas: Japão.

Cervejas importadas: Itália.

Cervejas importadas: Bélgica.

Cervejas importadas: Bélgica.

Cervejas importadas: Bélgica, com algumas dinamarquesas da Mikkeller no centro.
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