
Em 1908, Henriette De Mesmaecker, bisneta de Jean-Baptiste, casa com Arthur Van Roy que será responsável por administrar uma taverna e a fazenda da família e por dar os primeiros passos no sentido de construir uma estrutura para a cervejaria. Durante a I Guerra Mundial, a cervejaria foi totalmente destruída, mas Van Roy a reconstruiu maior ainda do que era antes. Nesta época era grande o interesse por cervejas Lagers, notadamente as Pilsens. Apesar disso, Van Roy acreditava que a sua cerveja Ale era muito mais saborosa que qualquer Pilsen e que poderia até mesmo fazer sucesso fora dos limites de Steenhuffel. Em 1929 foi criada a marca Palm Speciale. O filho de Arthur Van Roy, Alfred Van Roy, aprendeu a fazer cerveja com o pai, mas também estudou em uma escola cervejeira em Bruxelas. Em 1947, aniversário de 200 anos da cervejaria, foi lançada a Dobbel Palm, uma versão mais escura e alcoólica da Palm. Em 1952 Arthur Van Roy faleceu e os negócios foram assumidos por Alfred.
Em 1975, o nome da cervejaria De Hoorn foi trocado por Palm, já que o nome da cerveja já era mais popular que o antigo nome da cervejaria. Para enfatizar que a cerveja era um produto da região da província do Brabante Flamenco belga, o cavalo robusto típico desta região foi adotado como logotipo da cervejaria. Hoje o Grupo Palm é dono de algumas cervejarias belgas tradicionais, como Boon e Rodenbach.
A cerveja Palm pode ser encontrada no Brasil em duas versões: a tradicional Palm e a Palm Royale, esta lançada em 2003 em comemoração ao aniversário de 90 anos de Alfred Van Roy.
Palm - Belgian Pale Ale, Ale, 5.4%ABV, garrafa 330ml.
Cor: Âmbar escura/cobre, límpida.
Espuma: Alta formação, média duração, cor branca, bem consistente, deixa marcas grossas pelo copo.
Aroma: Malte, doce, caramelo, lúpulo.
Paladar: Malte, doce, caramelo, fermento, leve amargor final, corpo médio/baixo.
Cerveja pouco complexa, com alto drinkability (baixo teor alcoólico e fácil de tomar), mas muito gostosa e agradável. Esta pode ser aquela para beber em maiores quantidades, até mesmo pelo seu teor alcoólico baixo. Apesar de geralmente não ser fã de cervejas pouco complexas, esta agradou bastante. Acredito que seja principalmente devido ao delicioso aroma, com boa presença de maltes caramelados e principalmente de lúpulo, apesar de que no sabor o lúpulo é bem discreto.
Como curiosidade, quando vemos a blumenauense Eisenbahn Pale Ale pensamos que ela é do estilo English Pale Ale, mas ela foi inspirada neste estilo Pale Ale belga.
Cor: Âmbar, límpida.
Espuma: Boa formação, média/baixa duração, cor branca, boa consistência, deixa marcas pelo copo.
Aroma: Malte, doce, caramelo, fermento, lúpulo, cítrico, leve álcool.
Paladar: Malte, doce, caramelo, cítrico, leve álcool, amargor final, corpo médio.
Boa cerveja. Muito parecida com a Palm tradicional, mas com uma maior presença de lúpulo tanto no aroma, que fica mais cítrico, quanto no sabor ligeiramente mais amargo. Nesta a espuma é menos consistente e duradoura. O teor alcoólico é maior e se faz presente durante a degustação.