17 maio 2011

Ommegang Three Philosophers 2009



A cervejaria Ommegang foi fundada em 1997 na cidade de Cooperstown, no estado de Nova Iorque. O fundador da Ommegang, Don Feinberg, é um amante das cervejas belgas e por isso, desde o início, eles se especializaram em produzir cervejas nos estilos belgas tradicionais. Até mesmo o prédio da cervejaria segue o estilo arquitetônico de um fazenda belga tradicional. A cervejaria fez muito sucesso de forma rápida e teve que aumentar sua capacidade de produção para dar conta da demanda. Em 2003 a Ommegang foi vendida para a cervejaria belga Duvel Mootgat, a mesma responsável pela famosa Duvel.

O motivo do sucesso da Ommegang não poderia ser outro senão a qualidade das cervejas produzidas por eles. Entre elas a mais famosa deve ser a Three Philosophers, uma Belgian Quadrupel misturada com uma Lambic Kriek proveniente da Bélgica, a Lindemans Kriek. A Kriek representa somente 2% da receita total mas possui um bom impacto no perfil da cerveja final.

Tive a oportunidade de trazer 2 garrafas dela para o Brasil. Neste post eu descrevo minhas impressões sobre uma delas, a de 2009. Vou (tentar) deixar a de 2010 ainda guardada por um tempo.


Ommegang Three Philosophers - Quadrupel, Ale, 9.8% ABV, garrafa 750ml, US$ 8,99.

Cor: Marrom, leve turbidez (chill haze) que desaparece a medida que esquenta, reflexos avermelhados.
Espuma: Boa formação, média/baixa duração, cor bege. deixa algumas marcas pelo copo.
Aroma: Malte, caramelo, frutado intenso (cereja, ameixa), fenólico, condimentado, picante, pimenta do reino, fermento, terroso.
Paladar: Malte, caramelo, doce, leve torrefação, frutado intenso (cereja, ameixa), acidez, fenólico, condimentado, picante, pimenta do reino, terroso, leve álcool, final levemente amargo e ácido mas bem picante, seca, corpo médio/alto.

Ótima cerveja. Na sabia bem o que esperar da mistura de uma Quadrupel com uma Kriek. Apesar da primeira dominar o conjunto com notas de malte (caramelo e leve torrefação) além do frutado e fenólico marcantes, a segunda acrescenta novas camadas à complexidade da cerveja. Seria possível ter um frutado que lembre cerejas em uma Quadrupel mesmo sem o uso da fruta mas nunca havia sentido tão forte como nessa. Outra contribuição interessante da Kriek foi uma leve acidez, que pode até ser marcante para uma Quadrupel, não aparece de forma intensa e desequilibrada como nas Lambics tradicionais ou mesmo as mais comerciais. No final, mesmo com a complexidade e o alto teor alcoólico, quase que imperceptível  na boca, o drinkability fica muito bom.


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