No último dia 9 de abril, recebemos a notícia de falecimento de Pierre Celis, o grande criador da cerveja Hoegaarden. Em 1966, decidido a ressucitar o estilo Witbier quase extinto, com o suporte financeiro de seu pai e a ajuda de um mestre-cervejeiro veterano, Celis iniciou com uma pequena cervejaria chamada De Kluis, o claustro em português. Com o sucesso da cervejaria através da Hoegaarden muitas outras cervejarias começaram a fazer a sua própria Witbier.
Em 1985 um incêndio destruiu parte da cervejaria. Para a reconstrução, Celis recebeu a ajuda de diversas cervejarias. Uma delas foi a Interbrew, hoje Anheuser-Busch Inbev, que investiu muito dinheiro para a compra de outros prédios. Celis sentiu-se pressionado a alterar a receita da sua cerveja para que ela fosse mais comercial e vendeu a cervejaria para a Interbrew em 1987.
Pierre Celis mudou-se para os EUA devido ao grande sucesso que sua cerveja fazia por lá e fundou em 1992 uma nova cervejaria, a Celis Brewery, em Austin no Texas. Uma nova versão da Witbier foi fabricada por lá, a Celis White. Depois de alguns anos a cervejaria foi vendida para a Miller Company. Infelizmente a Celis Brewery fechou depois de alguns anos. Hoje a receita foi comprada pela Michigan Brewing Company, que continua a produzir as cervejas da Celis Brewery.
Pierre Celis mudou-se para os EUA devido ao grande sucesso que sua cerveja fazia por lá e fundou em 1992 uma nova cervejaria, a Celis Brewery, em Austin no Texas. Uma nova versão da Witbier foi fabricada por lá, a Celis White. Depois de alguns anos a cervejaria foi vendida para a Miller Company. Infelizmente a Celis Brewery fechou depois de alguns anos. Hoje a receita foi comprada pela Michigan Brewing Company, que continua a produzir as cervejas da Celis Brewery.
Mesmo depois de vender suas duas cervejarias para grandes companhias, Celis ainda continuou a trabalhar criando novas cervejas. A última delas foi a Grottenbier, ou cerveja da gruta em português. Esta cerveja foi inicialmente fabricada pela mesma cervejaria que faz a linha Affligem, a De Smedt, mas hoje a fabricação está sob a responsabilidade da St Bernardus. A idéia de Celis com esta cerveja era de maturá-la por 1 ou 2 meses em cavenas de calcário. Estas cavernas ficam localizadas nas cidades de Kane, na Bélgica, e Valkenburg, na Holanda, e mantém uma temperatura constante de 12⁰ Celsius e uma umidade de 95% o ano inteiro. O objetivo era que estas condições pudessem criar sabores mais sutis que os normalmente formados nos ambientes refrigerados e secos das cervejarias. A cerveja fermentava duas vezes, sendo que a segunda ocorre nas cavernas, dentro da garrafa, posicionadas em pulpitres e passando pelo remuage da mesma forma que os champanhes.
A Grottenbier chegou no Brasil há uns 2 anos mas acredito que não seja mais possível encontrar nenhuma delas. Tenho registros da minha degustação dela na época e compartilho aqui com vocês em homenagem ao seu criador.
Grottenbier - Belgian Dubbel, Ale, 6.5% ABV, garrafa 330 ml.
Cor: Marrom, levemente turva.
Espuma: Média formação, baixa duração, cor bege clara.
Aroma: Malte, doce, caramelo, toffee, frutado (ameixa, passas, banana), chocolate, fermento, fenólico, picante.
Paladar: Malte, doce, frutado (ameixas, banana), caramelo, toffee, chocolate, fenólico, picante, bom corpo, boa textura, leve amargor final, levemente seca.
Boa cerveja. Bem complexa, frutada e fenólica, mas ao mesmo tempo bem leve e fácil de beber.
Boa cerveja. Bem complexa, frutada e fenólica, mas ao mesmo tempo bem leve e fácil de beber.
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